Os três policiais militares envolvidos na agressão a um adolescente no dia 2 de fevereiro, no bairro de Paripe, Subúrbio Ferroviário de Salvador, foram denunciados pelo Ministério Público da Bahia (MP) por crimes de tortura, nesta segunda-feira (6/7).
Segundo a denúncia, os PMs constrangeram a vítima, “valendo-se de sua autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico e mental em razão de discriminação e como forma de aplicar castigo pessoal”.
O CASO
No vídeo, gravado por uma pessoa do movimento de luta pela igualdade racial, é possível ver um policial batendo e chutando o jovem homem que, aparentemente, não está armado ou reagindo a abordagem. O agente passa a mão pelo cabelo do jovem, estilo “black power”, e pergunta: “Isso é cabelo de trabalhador?”. Depois, o policial dá murros na costela do homem e um tapa em sua cabeça.
Os PMs envolvidos na ação trabalhavam, na época, na 19ª Companhia Independente (CIPM/Paripe). Na época, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), se pronunciou. “Como governador do Estado da Bahia, não admito comportamento de violência policial como o ocorrido no vídeo que circula nas redes sociais. É inaceitável, inadmissível e não reflete o comportamento e os ideais da instituição”, disse ele pelo Twitter.
Também em fevereiro, o comandante da PM, coronel Alselmo Brandão, disse ter afastado o policial que agrediu a vítima. O oficial conversou também com a mãe do jovem, Karina Barros. “Ele não fala muito, mas espero que o policial seja punido, para que isso não aconteça com outros jovens, como aconteceu com meu filho”, informou a mulher no dia 4 de fevereiro, mesmo dia em que a situação foi registrada na Corregedoria da PM
Da redação